SURREAL

Ele era assim:

Tinha pernas de mosquito

E me sugava feito larva

Querendo em mim se instalar

Não voava e nem tinha asas

Mas as pernas eram de pernilongo

E os lábios sugavam ávidos

Como se fossem piranhas famintas

E comia pedaços de mim

Esburacando a minh’alma

Instalando-se dentro dela

Feito um câncer silencioso

Picou a minha pele

Sugou as minhas energias

Comendo todo o meu sêmen

Finalmente bateu asas e voou!

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04.03.13

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 04/03/2013
Código do texto: T4170948
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