*REVERBERAÇÃO
Uma alma vã perambula
Por ai
Ela é impura e obscura
Ela labuta e reluta
Nos fios dos cabelos
Do tecelão do tempo
Que de barbas brancas
Parece ser o papai Noel
De tantos natais perdidos
E distantes
De uma maneira que arrepia a espinha
E retorce a pele enrugada da velha anciã
Que passa lentamente na rua com cautela
Enquanto da soleira da porta algo parte e chega
Numa inundação que a tudo derruba e leva
Exceto o que o coração congela e a alma exaspera
Junto a isso inconsistências múltiplas reverberam.
*BRASIL. Antologia da Casa da Poesia (vol.2). São Paulo: Scortecci, 2016.
Uma alma vã perambula
Por ai
Ela é impura e obscura
Ela labuta e reluta
Nos fios dos cabelos
Do tecelão do tempo
Que de barbas brancas
Parece ser o papai Noel
De tantos natais perdidos
E distantes
De uma maneira que arrepia a espinha
E retorce a pele enrugada da velha anciã
Que passa lentamente na rua com cautela
Enquanto da soleira da porta algo parte e chega
Numa inundação que a tudo derruba e leva
Exceto o que o coração congela e a alma exaspera
Junto a isso inconsistências múltiplas reverberam.
*BRASIL. Antologia da Casa da Poesia (vol.2). São Paulo: Scortecci, 2016.