Voyeur de mim
Numa vivenda, um jardim de flores...
Onde secretos amores habitam os porões...
Dos corações mais primitivos...
Como uma oferenda aos Deuses do Olimpo...
Dançam as nuances das figuras esbeltas...
Vejo tudo através de uma fenda...
Desfilam fazendas em puro linho...
São figuras que bailam ao sabor da brisa...
Que refresca a pele que beija e alisa.
São nuances que dançam em meus olhos na fresta...
Habitam meus sonhos me convidam pra festa.
Um desafio para quem tanto procura...
Ser feliz mesmo por uma fresta.
Vestir-se de sonho numa fazenda...
Que seja de seda pura!
Numa explicita transparência de sua alma.
Que componha a figura sempre autêntica.
Nunca transgênica!
Dançar com meus versos da canção...
Tirar do caminho a palma forrageira!
Ainda que essa possa ser doce.
Fazer do meu, um caminho florido!
Que eu possa estar e dançar sempre comigo!
Vestir-me de renda, ser eu minha prenda!
Não ser eu a moenda de corações.
Nem destruidora de ilusões alheias.
Mas não ser oferenda á nenhuma carótida primitiva.
Ser permissiva apenas comigo mesma!
Ainda que minhas vestimentas sejam fantasias...
São minhas!...E me dão total primazia...
Para agir ou não com pragmatismo!
Ser olhos de um voyeur faminto sobre mim.
Sempre será melhor que ser eu o voyeur sobre outrem!