O condenado
Há muitos anos estou aqui,
Não sei mais o que odeio,
Há muitos anos,
Estou tentando fugir.
Com uma corrente no pescoço,
Longe da luz...
Condenado por ela,
Sentindo o frio eterno.
Preso nesse maldito abismo,
Sendo castigado todos os dias,
Sentindo dor,
E medo.
Tento escalar o abismo,
Mas sou chicoteado por ela,
Caio nos espinhos,
Onde vejo lagrimas de sangue.
Odeio-a,
Cheia de charme,
Com seu manto,
Cheia de ódio.
Sonho em ma tala,
Mas logo sou acordado,
Com ela rindo de mim,
Ela pode ver minha mente...
Maldita dama,
Que vem com o escuro,
Traz o frio que,
Adormece minhas pernas.
Vem com seu ódio,
Que não conheço,
Destruindo tudo,
E todos a amam...
Sendo queimado,
Vagando em terras escuras,
Eu estou,
Mas não tenho medo dela.
Um dia vou mata La,
Vou arrancar sua mascara,
E ver o seu segredo,
Mas sou castigado...
Com suas garras,
Ela me rasga,
E vejo meu sangue escorrer,
Vejo sua alegria.
Movimentos graciosos,
O perfume,
Seus olhos de ódio,
Como pode?
Ouvi disser,
Que ela amou um homem,
Ela cuidou dele,
Comigo foi só castigo
Noite após noite,
Tentando sair,
Buscar minha vingança,
Mas não consigo.
Ela me acha,
E o castigo é cada vez maior,
Ela me odeia,
Eu a odeio...
Meu gosto por matar,
Me levou aqui,
E aqui estou,
Louco pra matar...
Mas já se foram 1000 anos,
E estou apodrecendo,
Meu corpo morre,
Enquanto estou vivo.
Vivo no escuro,
Com uma dama cruel.
Cristiano Siqueira 23/02/2013