JANELAS ABERTAS... ANJOS
Lá fora é noite.
Madrugada.
Anjos voam, revoam.
Minhas janelas estão abertas.
O luar adentra no meu quarto.
E meu olhar quer alcançar os anjos que voam.
Eles se distanciam.
Se afastam.
Meus olhos tentando alcançá-los... se arrastam.
Na madrugada quero voar com os anjos.
Quero. Insisto e consigo.
Num instante me encontro ao lado deles.
Da lua conseguimos nos aproximar.
E vamos as estrelas visitar.
É um voar, um dançar... um leve e delicioso flutuar...
Anjos lá fora.
As cortinas balançam...
Lá dentro ficou meu corpo que não voou.
O material.
O que voou foi bem outro.
Aquele que alcança estrelas.
Que voa com as gaivotas.
Que trança os cabelos do tempo...
Ah, este é tão livre, tão solto.
Tenho este conforto.
Consigo voar... quando o mundo aqui fica duro é só de meu corpo escapar.