JANELAS ABERTAS... ANJOS

Lá fora é noite.

Madrugada.

Anjos voam, revoam.

Minhas janelas estão abertas.

O luar adentra no meu quarto.

E meu olhar quer alcançar os anjos que voam.

Eles se distanciam.

Se afastam.

Meus olhos tentando alcançá-los... se arrastam.

Na madrugada quero voar com os anjos.

Quero. Insisto e consigo.

Num instante me encontro ao lado deles.

Da lua conseguimos nos aproximar.

E vamos as estrelas visitar.

É um voar, um dançar... um leve e delicioso flutuar...

Anjos lá fora.

As cortinas balançam...

Lá dentro ficou meu corpo que não voou.

O material.

O que voou foi bem outro.

Aquele que alcança estrelas.

Que voa com as gaivotas.

Que trança os cabelos do tempo...

Ah, este é tão livre, tão solto.

Tenho este conforto.

Consigo voar... quando o mundo aqui fica duro é só de meu corpo escapar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 22/02/2013
Código do texto: T4153407
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