(Manhãs desnascidas)

a folha flácida da memória

aninha-se no turbilhão de neurônios

aquecendo os fatos

como fotos mal reveladas.

respinga sensações de déjà vu

nas manhãs desnascidas

quando a madrugada

recolhe o seu manto

e o silêncio, ganindo solidão,

redesenha nossa fala.

nesse momento,

num ninhal de estrelas,

cria-se um novo universo.

José Carlos de Souza
Enviado por José Carlos de Souza em 21/02/2013
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