ENTRE ACHADOS E PERDIDOS
Na estrada dos achados e perdidos
Encontrei-me com meus sonhos
Em um deles, eu seria um cupido
A ministrar um majestoso rebanho
Entre os aspectos reproduzidos
Vi-me como moléculas reduzidas
Aos reflexos de conceitos induzidos
Desvendei as fortunas das jazidas
Noutro sonho me vestia como rei
Meu reinado foi a nado com sereias
Navegando oceanos que nem sei
Estendido sobre bancos de areia
Do ocidente ao oriente trafeguei
Fui um príncipe sem coroa e espada
Como monge, santuários eu sagrei
E então jurei nas saídas e entradas
Vi andrajos e farrapos, por fariseus
Serem consternados sem clemência
Sonhando acertado nas mãos de Zeus
Era um anjo couraçado de prudência
Das efígies reveladas nas passagens
Fui um mago imaginário e um plebeu
Como um gênio retocando as imagens
Ponderei as cavidades do sonho meu!
Autor: Valter Pio dos Santos
11/Fev/2013