Trama


Os meus poemas
Não usam gravatas,
Polainas ou ternos,

Surgem da lama,
Eternos dilemas
Da alma insana
Que versos derrama
E até mesmo,
Às vezes,
Ama.

Os meus poemas
São de outro universo,
Avesso da trama
De um rico tecido:
Não brilham, não vencem,
Mas traçam os desenhos
E as estampas.

E de repente,
O fio arrebenta,
Cansa-se a roca
E a alma sangra.


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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 19/02/2013
Reeditado em 15/04/2014
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