DEPOIS DA CHUVA
Depois que vai é que fica!
A quimera do que podia ter sido
A lembrança do que foi
Dói é dor dorida... Sofrida
Sem casca exposta ferida
Cortando o peito como estilete
Ruminando... Mascando chiclete
Colando no dente... É farpa n’alma
Sangra coração!
Choram os olhos!
Brincando...
Sorrindo!
Enganando a dor que sente!
Afogando lágrimas!
No oceano das palavras
Da culpa contrita... Absolve a razão
A emoção condena!
Não tem como fugir dos grilhões
Da estação o comboio parte!
Na plataforma deixando a'lma
Como possa empossada
Depois da chuva
Chorada