ENTRANHAS
ENTRANHAS
Peguei carona nas asas daquele poema
E me entranhei com o filamento
do seu açodado e cintilante vôo
Tatuei em mim o movimento brando e melodioso
dos seus versos
Rumo ao universo
Brandeei-me
deixei que peregrinasse veia adentro
cada som
cada fonema
E ao voltar a terra,
omeu sangue já não era eu
Era o poema!