ENTRANHAS

ENTRANHAS

Peguei carona nas asas daquele poema

E me entranhei com o filamento

do seu açodado e cintilante vôo

Tatuei em mim o movimento brando e melodioso

dos seus versos

Rumo ao universo

Brandeei-me

deixei que peregrinasse veia adentro

cada som

cada fonema

E ao voltar a terra,

omeu sangue já não era eu

Era o poema!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 13/02/2013
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