Se eu não gostar de mim...

Se eu não gostar de mim...

Quem vai gostar?

Serei o único do mundo

Ou outros existirão?

Nós somos únicos

Diferentes, exclusivos

Pelo que somos

Obras únicas da natureza.

Ninguém tem o direito

De fazer de mim

O que quer para si

Assim, não há respeito.

Eu sou o que sou

Errado ou certo

Fechado ao aberto

Brincando ou quieto.

Sou alegria, sou periferia

Sou o centro, sou monotonia

Sou o iluminado, sou o obscuro

Sou o escuro, sou o claro.

Sou o fardo, sou o ativo

Sou o alívio, sou o parto

Sou o grito, sou o calo

Sou o bulbo, sou o talo.

Sou o lúcido, sou o tolo

Sou o louco, sou o bobo

Sou o sábio, sou o tesudo

Sou a terra, sou o solo.

Sou a tristeza, sou a fatia

Sou o todo, sou a poesia

Sou a frase, sou a trova.

Sou o poema, sou a prosa.

Sou a fome, sou o pranto

Sou o prato, sou o canto

Sou gosto, sou o amargo

Sou o doce, sou a mesa.

Sou o certo, sou lesado

Sou o roubado, sou o ganho

Sou o errado, sou o acertado

Sou o que perco, sou o achado.

Sou o que durmo, sou o que sonho

Sou o acordado, sou a realidade

Sou a verdade, sou a mentira

Mas, sou Eu que amo a felicidade!

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 13/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4137364
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