Penso, logo vivo.

Quando o ar pesa eu penso árvore

E tudo fica mais vento e chuva.

A vida pássaros e plumas,

Os olhos mais nuvens brancas,

O corpo bem mais arrepio

De prazeres e sonhos iluminados.

Quando a vida é solidão; penso você;

E tudo fica aconchego e carinho.

Se de repente a coisa pedra

Eu penso plumas pairando no ar;

Quando dou por mim sou pena.

Mas tem horas que a pluma pedra

Que o vento chove, a chuva pesa,

Que a coisa verde desarvorece

Que a nuvem venta escaldantemente;

A própria lua desenluara em desprazer;

E até você mesma vira pura rocha.

Aí não há sossego, eu penso espanto,

Penso grito e tudo dispara pro infinito

Em busca de um Deus que dê jeito.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 09/02/2013
Reeditado em 10/02/2013
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