OUSADIA

Simplesmente caminho...

Não sei de horizontes...

Me embrenho nas brechas

da horas sem fim...

Bebo deste vinho...

Da água da fonte,

de águas tão doces...

Não sei explicar

sensações que tenho...

Sigo em passo lento...

Não necessito de fuga...

Não necessito de vento...

Não necessito de nada...

Alimenta-me o nada que me carrega ao colo...

Não me preocupa o preço dessa insensatez...

Nada me perturba...

Meio à turba, faço a aposta...

Casta,

oposta ao imposto da mediocridade,

rasuro o meu óbito, em percurso.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 30/01/2013
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