OUSADIA
Simplesmente caminho...
Não sei de horizontes...
Me embrenho nas brechas
da horas sem fim...
Bebo deste vinho...
Da água da fonte,
de águas tão doces...
Não sei explicar
sensações que tenho...
Sigo em passo lento...
Não necessito de fuga...
Não necessito de vento...
Não necessito de nada...
Alimenta-me o nada que me carrega ao colo...
Não me preocupa o preço dessa insensatez...
Nada me perturba...
Meio à turba, faço a aposta...
Casta,
oposta ao imposto da mediocridade,
rasuro o meu óbito, em percurso.