HORAS MORTAS

Um relógio maluco insiste em marcar as horas

Horas que não podem ser marcadas

Horas de um tempo inexistente

Um tempo diferente

Tempo de espera

Tempo de outra era

Os ponteiros percorrem os espaços entre os números

e meus olhos tonteiam

Por que marcar segundos?

Minutos?

Horas?

...

Relógio, eu ordeno que pare!

Acabou este tempo...

É finito

...

Espatifou no chão o relógio

É finito o tempo

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 24/01/2013
Código do texto: T4101982
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