Humanidade

Essas vertentes de que dispomos

Que indiferentes nos diferencia

Magia que tem o ser que somos

Festim divino entre as heresias

Falha infalivelmente e inconstante

Despreza as prendas por que lutou

Insana ânsia em ser mais pra adiante

Onde jamais se aventurou

Destino trágico esquecer constante

Velas veladas ao vento-ambição

Poder e força que tange avante

Sonhos medonhos fogo e trovão

Escuro tal futuro bem distante

Manda seus raios em mil direções

Porém fagulhas reluzem antes

Mantendo a chama da inspiração

A esperança de um achado digno

Lugar e tempo de redenção

Pincela com algo prometido

Pairam nas mentes como um refrão

Mantra de rebeldia insistente

Dança em ritual inocente

Planta que um dia haverá semente

Canta sem razão consistente