A ave do paraíso
A ave do paraíso
Tanto tempo nessa gaiola,
Acostumou!
Já nem sabe pra que as asas
Será adorno?
Nem percebe a porta aberta,
Acomodou!
Do paraíso, vagas lembranças
Foi sonho ou utopia a liberdade?
O passarinheiro já não o vê
Nem mais se importa.
Dá suas migalhas e vai...
Vira as costas sem encanto.
Interesse perdido, indiferença.
Tanto faz se vai ou se fica.
E talvez se pergunte:
- Por que não vai?
No paraíso alguém chora
esperando por sua volta.