Meu sangue
Revoltado, meu sangue
borbulha, convidando-me
a sentir, perceber os
meus instintos e
ouvir os insanos
clamores da minha natureza.
De súbito, eu vejo
que tenho mistérios,
não sou um ser óbvio,
tenho vozes secretas
às quais devo ouvir.
Meu sangue esquenta,
abrasando-me a pele,
impertinente, insistente,
fazendo-me ver que
preciso viver,
pois viva estou.