Colisão... enfim, sãos!

O que o sentimento deseja?

Atravessar as camadas da vida

com o riso na ponta dos dedos,

debulhar o trigo dos sonhos

nos campos sonambúlicos... de mentes

dementes...

sementes douradas

entes alados!

Mergulhar no sono dos esquecidos

fabricar raízes cromáticas

nas alturas elevadas

ao vento morno de um dia translúcido

eventos

e alentos...

etéreos momentos!

Reger a memória dos impuros

em celebração ao néctar

dos iluminados...

revelar a partitura do amor

e velar os minutos esvaídos

amados

deixados...

atados!

Conceber a razão do caos em nome

do supremo poder derramado na alegria

no grito dos incautos...

humanizar o solo das paixões

na cavalgadura...

retirada as ataduras

derreter as armaduras...

Galgar a escada de nuvens

ser o liquescente beijo

de um solo estriado

pelo calor dos musgos amanhecidos

viver o que vier...

da essência divina

arquitetada no templo

da vontade regida pela dança do sono

dos átomos!

___________

Poema selecionado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores para compor a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 98

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 16/01/2013
Reeditado em 21/01/2013
Código do texto: T4087260
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