O DIA QUE TUDO PAROU...
Do alto da montanha se via,
Do alto da montanha se via,
Sobre a terra sobrevoava,
Largas asas azuis,
Grande pássaro,
Suas asas se transformaram,
Um par de asas de aço.
Lá embaixo um abismo,
Escuridão versava solidão,
No centro da terra vegeta,
Sem vida sem alma,
Folhas perdidas no chão.
Sonhos e realidades,
São formas de igualdade,
Estranha localização,
O inferno e as trevas
estão fora de mão.
As flores,
O beijo na boca dos amores,
Reais ou sonhos demais,
São jardins destruídos,
no furacão dos tempos.
E as lágrimas são de sais,
Para quem está no ais.
Levanta poeira,
Sacode, sai na saideira,
Junte ao seu par
Para amar.
Para amar.
Escrito nas páginas amarelas,
O passado e que nele pertenceu
Já eram,
Foi o dia que a terra parou
Nem a flor de maio restou...