Brisingamen (poema à Freya)

Havia um mistério em meio aos velhos troncos

Gritando um verde abraço a ribombar

Nos veios selvagens de tundras ondulantes

Dos montes de rocha ao vento e sobre o mar

Em alpes remotos, onde a lua é sempre plena

Desceu Freya das Águias, entre penas e clarins

Um rasante, um fascínio, aos seios da terra morena

Da turfa as raízes, ao solo e seus confins...

E em chão brotante de cascas e sementes

Aos pequenos senhores seu corpo entregou

A dança libertina dos prazeres sapientes

Envolta em encanto sua alma alimentou

A si mesma ofertada em seu custo ritual

Entre mestres inglórios conferida de bom grado

Dos guardiões das forjas e mistério supernal

Brisingamen por suas artes foi a ela consagrado

Freya, seguem suas damas o caminho libertário

Deitam-se a luz e escuro de sua joia dourada

Por seus versos cantados do amor e do escárnio

Honrarão seus mistérios do poente a alvorada

Kevin Barden
Enviado por Kevin Barden em 11/01/2013
Reeditado em 11/01/2013
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