Brisingamen (poema à Freya)
Havia um mistério em meio aos velhos troncos
Gritando um verde abraço a ribombar
Nos veios selvagens de tundras ondulantes
Dos montes de rocha ao vento e sobre o mar
Em alpes remotos, onde a lua é sempre plena
Desceu Freya das Águias, entre penas e clarins
Um rasante, um fascínio, aos seios da terra morena
Da turfa as raízes, ao solo e seus confins...
E em chão brotante de cascas e sementes
Aos pequenos senhores seu corpo entregou
A dança libertina dos prazeres sapientes
Envolta em encanto sua alma alimentou
A si mesma ofertada em seu custo ritual
Entre mestres inglórios conferida de bom grado
Dos guardiões das forjas e mistério supernal
Brisingamen por suas artes foi a ela consagrado
Freya, seguem suas damas o caminho libertário
Deitam-se a luz e escuro de sua joia dourada
Por seus versos cantados do amor e do escárnio
Honrarão seus mistérios do poente a alvorada