Recanto
Na cabana imersa em noite fria
ponho-me a aquecer com uma vela no chão,
e assim contemplar auroras e eclipses
e por que não pôr-me a sonhar.
Chama que aquece corpo e alma e me chama,
transcendendo o que nenhuma filosofia buscou
ao procurar em sua redoma de vidro o que quase a extinguiu
ao nela proteger tão delicado objeto.
Com energia captada em minhas mãos sinto a eterna agonia...
Mal dos que brilham mais pois menos existirão.