Luz vermelha

Luz vermelha

Osso seco, flores amargas,

uma morte inteira.

Até seu nome morreu, o

filho da puta lhe esqueceu.

Sua morte foi verdadeira.

Riso amarelo, sem dente e

de chinelo.

Capeta pobre, cachorro sem

osso.

Ainda moço assombrava.

Olho no olho ele chorava.

Perfume de enxofre, podre

e bem vencido.

Os dias engraçados dele era

choro dos seus usados e fiéis

desgraçados idos.

Galho seco e velho, morreu

com sua luz vermelha entre

os vermes, ao rei do brau

se assemelha.

O NOVO POETA. (W.Marques).