___...Meu mundo visceral
Receba-me suntuoso, oh esfera ruidosa
D´onde teus pólipos afiados sugam meu cerne
Saúdo-te ocioso potente supernova
Acalento magnânimo d´ergástulo que me prende
Sou víscera acre a ruir-se esplendorosa
Pelas labaredas oblíquas desta verve que se segue
Parto lânguido prostrado à cidade penumbrosa
Alma predadora sob a luz q´aqui se perde
E pelas ondas chamuscantes deste fogo visceral
Flutuo pelos lumaréis efusivos da perdição
Ofusco o meu brilho e venço o meu mal
Encontro-me fundido às lágrimas da lamentação
Laminado pelo cândido verniz de meu cardíaco
Ainda sinto o melífluo eflúvio de mim a escorrer
São gotículas penetrantes que vazam de meus poros
Espelhos d´água a exaltar o meu enaltecer