Eu
Viajante involuntário nos ecos da lamentação
Brincando com as cores, no infinito horizonte,
Eis que surge uma estação
Em alguns momentos sou alguém que nem mesmo eu conheço
Em alguns momentos, de meu próprio existir padeço
Tudo para meus tormentos suprimir
Tudo para dentro de mim, uma guerra civil não eclodir
Eu atiro clamores aos céus
Eu vejo no espelho sucessivos réus
Eu mergulho em assexuados adjetivos
Eu perco-me em variados sentidos
A cultura que tanto me aflige, nela é que hoje existo
Pois chegando ao Novo Mundo, o homem da experiência
Não pôde alcançar o cume da montanha que hoje habito