Eu

Viajante involuntário nos ecos da lamentação

Brincando com as cores, no infinito horizonte,

Eis que surge uma estação

Em alguns momentos sou alguém que nem mesmo eu conheço

Em alguns momentos, de meu próprio existir padeço

Tudo para meus tormentos suprimir

Tudo para dentro de mim, uma guerra civil não eclodir

Eu atiro clamores aos céus

Eu vejo no espelho sucessivos réus

Eu mergulho em assexuados adjetivos

Eu perco-me em variados sentidos

A cultura que tanto me aflige, nela é que hoje existo

Pois chegando ao Novo Mundo, o homem da experiência

Não pôde alcançar o cume da montanha que hoje habito

Isaque
Enviado por Isaque em 10/03/2007
Reeditado em 11/03/2007
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