UM SOPRO DE HORROR


Por detrás das vidraças
Olhos espreitam
Vasculham, esmiuçam
Instintos aguçam

Os galhos sem folhas
Sentem o abraço invernal
Constrangem-se, afinal
Ao verem-se assim, desnudos

Almas, que passam, apressam o passo
De repente, na nuca sentem 
Um sopro de horror
A devastar-lhes o interior

Olhos argutos
Mortiços olhos
Que insones buscam
Incautos rostos

(Foto da autora, Williamsburg)

Lenapena
Enviado por Lenapena em 08/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4073508
Classificação de conteúdo: seguro