Solidão
Queria que a solidão ardesse
Mas ela não arde
Ela não acende vontade alguma
A não ser a de ficar quieta enquanto tudo passa...
Arde a garganta de tanto gritar o teu nome
Solidão é pão e abrigo
É grão que fica no peito
Solidão é voz sem ouvido
É um não, mesmo sem alguém ter perguntado qualquer coisa
Talvez pior seja o desejo
O desejo de um beijo
Mas os lábios estão destreinados
Solidão é sombra
Solidão é rastro
Solidão são dias e dias com uma mão acenando adeus...