Solidão

Queria que a solidão ardesse

Mas ela não arde

Ela não acende vontade alguma

A não ser a de ficar quieta enquanto tudo passa...

Arde a garganta de tanto gritar o teu nome

Solidão é pão e abrigo

É grão que fica no peito

Solidão é voz sem ouvido

É um não, mesmo sem alguém ter perguntado qualquer coisa

Talvez pior seja o desejo

O desejo de um beijo

Mas os lábios estão destreinados

Solidão é sombra

Solidão é rastro

Solidão são dias e dias com uma mão acenando adeus...

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 02/01/2013
Reeditado em 18/05/2013
Código do texto: T4063945
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