DOIS POEMAS AO ESPELHO

ESTRANHEZA

Nunca me olho

claramente

ao espelho...

Se olho me

espanto com

o que vejo:

Eu sou um

dentro e sou

outro fora...

Me incomoda

pensar que um

é vivo, e o outro

morto...

Me sinto o eu

de dentro, não

sinto o que o

espelho me

mostra...

e me apavoro.

súbito...!

quem sou ?

eu, ou esse

estranho...?

ESTRANHO AO ESPELHO

Estava tão certo

não ser aquele que

o espelho dizia,

que negou se

ele mesmo...

Surpreso ! ser

confundido com

um velho ...!

ele tão jovem

de ideias...!

Na hora "H", no

teste físico, foi

desclassificado:

pensava ter 20

anos ! perdeu

a memória aos

50...!, então

solenemente

disse:

- Não sou velho,

sou gasto...não

sou feio !, estou

amassado...mas

posso dar em

qualquer uma

um trato...um

golpe de vista,...!

um desejo...!

Alkas
Enviado por Alkas em 30/12/2012
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