Dezembro azul

Dezembro azul

Meu uivo extenso se arrasta com

a estrela de giz e ardente.

Abrumo-me no frígido ser que se

abre com a aura quente.

Que grita na aflição e fulge onde

irriga a flor e diz me alisa.

Deixa no infinito o desfalecimento

e alveja o certo na brisa.

Um dezembro azul e macilento,

eu fui leal vendo.

O tiro negro sobre o céu cinza, eu

abatido me rendo.

Com meu olhar santo no meu ser

já envelhecido.

Errante firmamento, sujo verão!

Meio entristecido...

O NOVO POETA. (W.Marques).