Andanças

ando por esta terra

que não é minha

vago sem destino

divagando lembranças

vagando lentamente

neste eterno presente

estagnado no tempo

ando vagarosamente

delirando a cada passo

por caminhos sem fim

pelo chão terroso

pelas vias da loucura

que sempre me guia

aos limites da vida

ando sem rumo algum

ando como quem dorme

num sonho sem sentido

em busca de um futuro

sem passado aparente

sem começo nem fim

apenas um desejo

de chegar a algum lugar

ando como quem ama

como quem odeia

como quem vive

ando pela estrada

alucinada, arbitrária

de minha mente

eternamente

sedentária

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 19/12/2012
Código do texto: T4043233
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