Andanças
ando por esta terra
que não é minha
vago sem destino
divagando lembranças
vagando lentamente
neste eterno presente
estagnado no tempo
ando vagarosamente
delirando a cada passo
por caminhos sem fim
pelo chão terroso
pelas vias da loucura
que sempre me guia
aos limites da vida
ando sem rumo algum
ando como quem dorme
num sonho sem sentido
em busca de um futuro
sem passado aparente
sem começo nem fim
apenas um desejo
de chegar a algum lugar
ando como quem ama
como quem odeia
como quem vive
ando pela estrada
alucinada, arbitrária
de minha mente
eternamente
sedentária