Restruturando a alma...

Reconstrução da alma

Quem resiste à tentação

De Olhar tão fundo,

Com tanta precisão

E curiosidade transbordante...

Desisti da lucidez!

De cair e levantar

E partir novamente nesta busca

Sem por vezes ser válida...

O mistério existe

Porque há sempre

Quem nele pense...

Por tantas vezes eu

Fui ao seu encontro

Braços abertos... Como me atirando

No confortável e prazeroso abraço de um amante...

Acolhi minha ignorância,

E meus olhos se abriram

Para o aprendizado

Desistir do meu eu construído...

Conhecido.

Mergulhei na eterna busca de mim

Morrer é um caminho solitário e reverente...

Requer tempo

Reflexão...

Morre-se a cada dia

Se quiser viver para o conhecimento

Faz necessária a escuridão

Para que haja ascensão da luz.

Sorvo desse prazer angustiante

Que ao mesmo tempo mostra-se

Revigorante e belo... Como só o que é o belo

Pode ser em si...

Revisto-me do inusitado

E a verdade hoje, se apresenta.

Tão aparente quanto

O não existir dela, plena em si mesma.

Enquanto palavra...

Pois que é verbo

O melhor, O VERBO!

Se meus olhos atentos a perdem

Os da minha alma reconhecem

E reverenciam

Pois bebem da beleza na origem

Redescubro-me filha de Deus

E por isso mesma apta a qualquer mergulho

Pois tenho em mim

A certeza da pureza

Das águas que mergulho...

Sua nascente brota do trono de Deus.

__Retorno aqui a meus escritos

Sentindo que eu me fiz falta,

E que senti muita falta, dos meus amigos do recanto.__

Observadora
Enviado por Observadora em 16/12/2012
Reeditado em 29/12/2012
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