Os mortos vivos

Não ha mais dor

Nem mais sofrimento

Tudo se foi num instante

O que para você era afeto para mim, tormento.

Perdi minhas feições

Mas nada disso por aqui é importante

Parte minha se foi e distante, renasceu.

Aprendeu com o passado convivendo com o presente

Sombras vagando em meio às luzes

Muitas piscando sem controle

O inferno batendo as portas

O medo distorcendo magoas, matando amores.

Num instante tudo se foi

Culpas... magoas... Ânsia de viver se foi, mas a vida aflora... Apavora.

Nada mais resta, tudo fugiu, se perdeu.

Realidade foi embora

Desgraça...

Faz o que eu digo e vê se me escuta

Este mundo não é lugar para você

Posso ser a louca, mas você assume as culpas.

Esta com fome? Come pão.

Esta com sede? Bebe água

Quer brincar? O mundo é perigoso

Fica em casa e não sai na rua

Mamãe te ama

Ela te quer em seu ventre absorto

Sufocado, silente, morto vivo.

Mas sempre bem cuidado entre os mortos

Manoel Cláudio Vieira – 12/12/2012 – 15:00h

Manoel
Enviado por Manoel em 13/12/2012
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