Contemplação

Voa a águia no azul do céu.

Cai à neve cor de fogo, cor de mel.

Brilham meus olhos neste por de sol.

Olho pela janela a gaivota.

Tão bela, tão morta, tão morta.

Olho a minha alma nesta porta.

Escuro quarto de insondável divagação.

Olho o teu corpo pulsando no meio ambiente.

Teu corpo é latente, é demente, é ardente.

Curta é a nossa história.

Não sei da tua existência.

Não sei falar de amor.

E como deixar-te oh! Flor?

Voam meus olhos que pairam azuis.

Não falam de nada.

Não querem mesmo falar.

Calo diante da tua imagem.

Falo bobagem, adeus!

Aldeir
Enviado por Aldeir em 10/12/2012
Código do texto: T4028540
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