Incógnita
As vezes eu me pergunto:
Quem sou eu?
Nessa hora me vejo palhaça
mesmo em nada vendo graça.
Quando sou verso
Eu me disperso.
E penso ser só amor!
Mas tenho momentos de fúria.
Neste momento sou o inverso;
E até posso causar dor.
Gostaria de ser só risos,
Mas sou choro
E até ojerizo.
Nos saltos
ou nas tamancas.
Descalças eu sou mais eu.
Mas se eu nem sei quem sou?
Talvez sou ventania que passou.
Ou brisa que já secou.
Ou não secou?
Incógnita?