Quimera

Eu, ave aprisionada

Nos ramos da madrugada

Torno-me quimera

Viajo pelas eras

Galopando na fertilidade de meu cérebro

Como um menino á correr em busca de realidade para seus sonhos.

Devora-me o tempo

Devoro-o em mim.

Nas folhas que caem

No vento que perpassa em meu rosto

Eu sinto a força do que nao pode me tocar

Eu sinto em minhas veias o que sou e também nao sou.

E meus antepassados gritam em cada cavidade mais íntima de minhas células.

Espero a manhã como a chave de minha prisão,

Mas minha alma é livre.

Tanto como as ondas em alto mar

Como os raios da manhã que floresce

Como as estrelas que morrem e não as percebo.

E esta presente, não em meu corpo

Mas no que penso

No que sinto

Nas palavras que nascem de mim.

M F RANGEL
Enviado por M F RANGEL em 09/12/2012
Código do texto: T4027859
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.