Ossos e Ofícios
Debaixo da poeira,
renasce a poesia
sem eira, nem beira.
Quem
pode
fode.
Engole
um não
nos lábios
pálidos,
secos
e frios.
Vive o ócio
dos corpos
sem ossos
e ofícios.
Na flor
o talo
vulva
e falo.
Poetas não compram
palavras no mercado.
Encontram poemas
no leito e no peito
Ouvem as pedras
os homens afogados
em dívidas e dúvidas.