Ossos e Ofícios

Debaixo da poeira,

renasce a poesia

sem eira, nem beira.

Quem

pode

fode.

Engole

um não

nos lábios

pálidos,

secos

e frios.

Vive o ócio

dos corpos

sem ossos

e ofícios.

Na flor

o talo

vulva

e falo.

Poetas não compram

palavras no mercado.

Encontram poemas

no leito e no peito

Ouvem as pedras

os homens afogados

em dívidas e dúvidas.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 08/12/2012
Reeditado em 16/12/2012
Código do texto: T4026120
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