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Digitais


Ficarão tuas mãos
Em tudo o que tocas,
Seja ao abrir
Ou fechar das portas.

Ficarão os teus dedos
Por sobre as pétalas
Esmigalhadas,
Nos meio-fios das estradas
Onde te sentaste
Para descansar.

Ficarão para sempre
As marcas sinuosas,
Tuas digitais sebosas
Impregnadas nos pescoços,
Armas,
Destroços...

Ficarão, e nada há
Que tu possas fazer
Que negue aquilo
No qual tocaste,
O bem e o mal
Que perpretaste.

Ficarão tuas digitais,
Gotas da tua saliva,
Ficarão explosões
Das tuas ogivas,
Sons dos teus silvos,
Marcas dos teus rastros
Por sobre o chão
Onde te arrastas.

Ninguém sentirá
De ti saudades!
Salva a tua alma,
Refaz teus caminhos
Antes que seja tarde!


*

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 05/12/2012
Reeditado em 22/12/2012
Código do texto: T4020626
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