FANTASMAS...

Minha alma volitará solta na imensidão

Do tempo... Nas asas dos ventos

Em límpida quietação...

Então, cerrarei meus olhos

E voarei serena...

Doce... Solta e livre...

Sem recordações de momentos que passaram...

às margens dos sonhos submersos

na fadiga do anoitecer...

Vagando... Minha alma abandonada e errante

Nos ensejos nebulosos dos prolixos dias...

Na alienação dos sentires

E todos os silêncios transformam-se

em gritos mudos...

Na solidão do tempo... Nas infindas noites

Onde os meus sonhos voaram...

No fundo da memória...

Em gestos silenciosos...

Sem corpo... quais fantasmas!