DE GRÃO EM GRÃO

Por fora sua alma fala com destemor
Por dentro sua essência grita tremenda dor
Nos lábios sorriso baila cheio de cor
Na língua o fel mostra seu amargor

Sem pressa seus pensamentos vagam
Percorrem as estradas do tempo
Em busca de lembranças felizes
Não as encontra
Somente desamor foi o que lhe restou

Alma penada em vida
Carrega pesados grilhões 
De priscas eras vem seu martírio
De erro em erro, atravessa épocas
De grão em grão, constrói o seu exílio.


(foto da autora- Central Park)

Lenapena
Enviado por Lenapena em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
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