Esmalte Soberbo
Ai, vontade de vomitar os perfumes
dos bosques herméticos que flutuam
na piscina de ácido sulfúrico ao lado
da margem ausente, sentimental e fria.
Muito longe! A flor de um guarda-chuva negro
me disse sobre a incerteza de beber
a língua de um dragão sonolento.
A ampulheta chora lentamente!...
O mar amarelo esverdeado aguarda
a manifestação do relógio congelado
na provocação libidinosa do cisne rosa.
O anjo tácito observa as areias dançantes
escorrerem o arco-íris da ampulheta.
A embriaguez primaveral da rebeldia
me instiga para beijar as imagens
que os ventos oníricos cantam.
A sombra onipresente do cabelo amarelo
enfeitiça a sublime voz colorida.
Deixem os pássaros beijarem
todas as alegrias dos relâmpagos arenosos
que as chuvas violetas videntes trouxeram
para afagar a movimentação de corpos.
O pensamento despertou o sol para iluminar
a beleza que apenas a flor rima rara possui
durante o encanto da lua fluorescente.
Um morcego exilado da gruta pictórica
deseja um asilo ardente e úmido.
O leão gentil não quer perder o presente
que recebeu de um pinguim azul, apenas
anseia chupar os afetos do morango alado.