Caroneiro

Prisioneiro dele

não posso fugir

não há saídas

somente muralhas

e sentinelas!

Quem é que não tem,

por pequeno que seja,

de tão pequenino

perde-se no céu,

ganha à memória,

vai aonde quer.

Insiste em repetir,

inúmeras vezes,

preciso ir além.

Dominas e consome

em certas horas

e mesmo atento,

consegues fluir

lugares incomuns,

inabitáveis,

sem mão humana.

Deste-me asas,

num dia desses,

pude contemplar

as belezas de lá.

Como bichinho livre,

pequenino e frágil,

toquei no meu íntimo,

com som indefinido,

e pude chegar,

ao som da música,

em "Sonhos",

no inabitável

infinito lugar!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 18/11/2012
Código do texto: T3991814
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