É UM POETA QUE ESTA FALANDO

Um bagual cuspindo fogo

Transforma em cinzas o basto

E os carrapatos se grudam

Nas hastes duras do pasto

Saltam faíscas na relva

Dos olhos das “lichiguanas”

Que ate parecem cessarem

No mundo as vozes profanas

Ate as falanges guerreiras

De “Sepe”, “Mendoza” e Martin

Disparam pétalas brancas

De rosas, lírios e jasmim

Cegando a vil capacidade

De alguns cérebros insanos

De distorcerem a verdade

Nos seus reinados profanos

A natureza em desvario

Alucinada enlouquece

E deflorada em pos êxtase

Amordaçada emudece

E no portal entre dois mundos

A vida é brisa arredia

Pondo delírios na alma

Meros espectros de alegria

As inverdades sucumbem

Na intrepidez do meu verso

Pois a minha ética cruza

As lonjuras do Universo

Nem tudo que nasce morre

Enquanto a rima não se nega

E os olhos da alma vêem

O que a visão não enxerga

As pedras rolam no mundo

Jogando o saber em mim

Que flui através dos poros

Seqüência que não tem fim

E o poeta em mim não se cala

Semeando a fé e a verdade

Pra que os ideais não morram

No seio da sociedade

Quando ecoa um brado forte

E veloz vai se propagando

Não são sábios, nem cientistas

È um poeta que esta falando

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 14/11/2012
Código do texto: T3986421
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