É UM POETA QUE ESTA FALANDO
Um bagual cuspindo fogo
Transforma em cinzas o basto
E os carrapatos se grudam
Nas hastes duras do pasto
Saltam faíscas na relva
Dos olhos das “lichiguanas”
Que ate parecem cessarem
No mundo as vozes profanas
Ate as falanges guerreiras
De “Sepe”, “Mendoza” e Martin
Disparam pétalas brancas
De rosas, lírios e jasmim
Cegando a vil capacidade
De alguns cérebros insanos
De distorcerem a verdade
Nos seus reinados profanos
A natureza em desvario
Alucinada enlouquece
E deflorada em pos êxtase
Amordaçada emudece
E no portal entre dois mundos
A vida é brisa arredia
Pondo delírios na alma
Meros espectros de alegria
As inverdades sucumbem
Na intrepidez do meu verso
Pois a minha ética cruza
As lonjuras do Universo
Nem tudo que nasce morre
Enquanto a rima não se nega
E os olhos da alma vêem
O que a visão não enxerga
As pedras rolam no mundo
Jogando o saber em mim
Que flui através dos poros
Seqüência que não tem fim
E o poeta em mim não se cala
Semeando a fé e a verdade
Pra que os ideais não morram
No seio da sociedade
Quando ecoa um brado forte
E veloz vai se propagando
Não são sábios, nem cientistas
È um poeta que esta falando