Angústia, deixa-me?

Dias que vens em rotinas absurdas,

em fartos desânimos,

cansaços infindáveis...

Já bastam os medos,

as guerras individuais,

entre eles morrer,

acamado ficar,

em tolerantes amores,

amigos e inimigos a cativar.

Em sonos tão longe,

em buscas fenomenais,

no vácuo deixado, ofuscado,

entre frustradas tentativas,

da perfeição inexistente nos viventes,

sem agrado algum aos homens.

E a chuva quebrando, silenciosa,

monotonias e grilhões,

na farta angústia do meu eu,

liberdade...

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 08/11/2012
Reeditado em 08/11/2012
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