CASTELO INDISCRETO
Vivo só, num castelo indiscreto,
Avistando horizontes de saudade
Ignoro s’ é mentira ou s´ é verdade
A luz do Sete-Estrelo a céu aberto.
Numa azulina aragem sempre perto
Habita do meu sonho uma metade,
Em ondas de magnética ansiedade,
Qual preso Prometeu em desconcerto.
Não tendo sentinelas em acção
Entraste com magia e sedução,
Nesta alma de cristal aos quatro ventos…
Não sei se me assaltaste por inteiro
Pois sinto à minha volta nevoeiro
Desconhecendo até os teus intentos.
És porém, minha esbelta cinderella,
Aquela Musa inteligente e “Bela”
Que valoriza, enfim, os meus talentos!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA