Rastro

Num papel sem fundo, sem rumo

Escrevia eu o meu perfume

Que por um instante de distração

Espalhei pelo caminho

Não tinhas por acaso outra estrada a tua frente?

Pra que guardastes aquele momento

Esqueça esta rua que te liga até aqui

Perca a minha direção estranha

Não vês que vazia me entrego ao nada?

Que na bizarra etapa da vida me escondi?

Perde de vez o meu rumo

Apaga este perfume que escrevi.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 18/10/2012
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