ODE AO TEMPO
...estão caladas as bonecas espalhadas pelos museus
Sempre tão quietas belas em seu silêncio batismal
(mesmo com olhos de vidro!)Observam os olhos meus
ainda sonolentos de medo dessa quimera abissal.
Tempo rei.Corra!Esconda-se para além das têmporas
onde a carne já não existe. Adormeça entre as flores
secas flores sobre a mesa e o óleo a escorrer da anfôra...
...pingando gotas carregam em si todas as dores.
Tempo sem ponteiros - cavalga as horas e os minutos
entre a barganha e a compaixão - a saudade do que fomos.
E nos olhos das bonecas o que é divino munca é absoluto
nem se pode partilhar a dança onde tanto nos doamos.
...estão caladas as bonecas espalhadas pelos museus
Sempre tão quietas belas em seu silêncio batismal
(mesmo com olhos de vidro!)Observam os olhos meus
ainda sonolentos de medo dessa quimera abissal.
Tempo rei.Corra!Esconda-se para além das têmporas
onde a carne já não existe. Adormeça entre as flores
secas flores sobre a mesa e o óleo a escorrer da anfôra...
...pingando gotas carregam em si todas as dores.
Tempo sem ponteiros - cavalga as horas e os minutos
entre a barganha e a compaixão - a saudade do que fomos.
E nos olhos das bonecas o que é divino munca é absoluto
nem se pode partilhar a dança onde tanto nos doamos.