MORCEGO

O avestruz  vestiu-se em penas de pavão
Viu-se tão colorido, acreditou ser bonito
Entoou uma canção dissonante
Queria ser um rouxinol
Não alcançou nem o si, nem o sol
Estufou o peito, deu um jeito
Queria  ter a pose de um cisne negro

Mas o avestruz não era pavão
Nem rouxinol
Nem cisne negro

Era morcego!



Teresa Improta Monnier
Enviado por Teresa Improta Monnier em 14/10/2012
Código do texto: T3933100
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