Orgulho dos pés

Orgulho dos pés

O afetuoso orgulho dos pés dormia.

A brasa em mineral tinha um reino

com guaridas telúricas nessa hora

que já ardia.

Aversões dos esputos os recebiam.

Ultraje recebia na minha cara, com

bastardas abióticas reuniões.

Impetuoso estava o céu implacável

perante as aberrações.

Carruagem num canto com leões.

Para os manicômios os eram levados

os muitos, quase vermes em emoções.

Exercidos com o acervo da cobiça, uma

vultosa língua a tremer saia da saia do

padre da missa.

Eu vivo sem coerência e sem forma com

uma fleuma minha unidade vai esquivando.

Minha alma autônoma se desconjuntava

sem amor, mas me amando.

Eu destrutivo gênio, epiléptico, e minha

tez ia cortando o melanismo nos meus

nervos esqueléticos.

Numa inclusão monarquista de tudo,

reunidas eram minhas forças que eu

trazia.

Afoitas generalizações grandes e em

demasia.

Estudo de longos e longos anos...

Os véus eram os dramas sinistros.

Personagem sombrio na minha alma

em engano.

Viagem que absorvia o grande Deus,

Que elevava minha potencialidade viril.

Uma cabeça atormentadíssima.

Nervos com rebeldia acérrima e juvenil.

Por ver-vos no alto do céu ele se erguia.

Cresceu não tátil, mas com certa

alucinação e euforia.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).