Da Decomposição do Otimista
E tu, óh Grande Otimista, tão forte e imponente, Senhor de sua vida, conhecedor de todas as respostas, detentor de todas as verdades.
Sim, Senhor Otimista, és forte pois sobrevive entre os fracos, mas quem é o fraco de fato ?
Ruminando suas besteiras e cuspindo-as como verdades absolutas.
Não tens coragem para admitir que sua realidade é uma ilusão ?
Não vês que teus conceitos baseiam-se em projeções eufêmicas para ocultar a face da verdade ?
Saboreias tuas doces ilusões enquanto tua alma amarga sozinha as dores do teu peito.
Entoa teu mantra, entoa tão alto que nada mais possas ouvir.
Despedace sua mente e carbonize o teu corpo, já que não és capaz de correspondê-los.
Segue tua trilha em direção ao cume, assista do alto tua própria decadência.
Profetizes a hipocrisia, fabrique ilusões e converta- as em verdades
Dividas o pão, faça dele teu corpo e o deixe queimar.
Exiba tua força, tua única força, a força de persuasão
Decomponha-se no Limbo, mas sorria enquanto apodrece
Acredites no Segredo, acredite, acredite, acredite ... Até que não mais possa acreditar.
Aí em então duvides, e mergulhe de volta na lama, pois a lama é o teu lugar.
Sim, Senhor Otimista.