Da Decomposição do Otimista

E tu, óh Grande Otimista, tão forte e imponente, Senhor de sua vida, conhecedor de todas as respostas, detentor de todas as verdades.

Sim, Senhor Otimista, és forte pois sobrevive entre os fracos, mas quem é o fraco de fato ?

Ruminando suas besteiras e cuspindo-as como verdades absolutas.

Não tens coragem para admitir que sua realidade é uma ilusão ?

Não vês que teus conceitos baseiam-se em projeções eufêmicas para ocultar a face da verdade ?

Saboreias tuas doces ilusões enquanto tua alma amarga sozinha as dores do teu peito.

Entoa teu mantra, entoa tão alto que nada mais possas ouvir.

Despedace sua mente e carbonize o teu corpo, já que não és capaz de correspondê-los.

Segue tua trilha em direção ao cume, assista do alto tua própria decadência.

Profetizes a hipocrisia, fabrique ilusões e converta- as em verdades

Dividas o pão, faça dele teu corpo e o deixe queimar.

Exiba tua força, tua única força, a força de persuasão

Decomponha-se no Limbo, mas sorria enquanto apodrece

Acredites no Segredo, acredite, acredite, acredite ... Até que não mais possa acreditar.

Aí em então duvides, e mergulhe de volta na lama, pois a lama é o teu lugar.

Sim, Senhor Otimista.

Jean Peixoto
Enviado por Jean Peixoto em 12/10/2012
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