NA TERRA DO NUNCA

O dia de luz se desfaz

À noite sem lua e estrelas

Sinto o peito gelado

Uma solidão sem ter fim

Sou uma gaivota perdida

Longe... Longe da costa

Último grão da ampulheta

Da sentença de amargura

Nocivo o veneno da dúvida

Ladra da certeza... Inquilina dos medos

Percorro miríades, pernoitando nas tristezas

Queria encontrar a terra prometida

Vago eu, pelas lembranças tão soturnas,

Como lenda, esquecida, pelas estradas noturnas

Estou louca... infeliz. Estou à procura de alguma coisa

Esquecida... Perdida... Na terra do nunca!