FUGA
Se vim nem sei,
Se fui nem voltei,
De onde esperei,
De onde me enganei.
Se te enganei,
Se te maltratei,
De nada vaguei,
De tudo esperei.
Foram os dias vertigens,
que não premeditaria,
nasceria e morreria,
tremendo de esteria...
Desnorteada, norteada,
a importância é de nada,
quem me dera andar pelada,
sem documento, sem mala...
O que faço? com o que sinto?
com o desejo petulante,
não controlo esta náusea,
a vontade exuberante.